Queremos Vales de Desconto : 10/09/13

Consumo - Quando vícios dos portugueses passam a ser "promoções" - Um artigo "Notícias ao Minuto"

"Um estudo da Kantar Worldpanel revela que os portugueses continuam a ir o mesmo número de vezes às compras, mas além de estarem a comprar menos 4,9% de cada vez, “procuram as melhores promoções e os melhores preços.”

Segundo um responsável da empresa de estudos de mercado, em declarações ao Diário Económico, poder-se-á dizer que “neste momento, o consumidor nacional está completamente viciado em promoções.”

Apesar de os níveis de consumo terem registado uma ligeira melhoria no início da segunda metade do ano, logo de seguida, voltaram a descer, “não sabemos muito bem quais foram as causas, mas a verdade é que coincidiu com a crise política [de Julho].” Os portugueses estão em “survival mode”, explica Paulo Caldeira, director de marketing da empresa de estudos de mercado Kantar Worldpanel.

“[Isto] não quer dizer que as pessoas estejam em modo de sobrevivência, mas que estão em modo de caça. Só compram o essencial, procuram as melhores promoções e os melhores preços, e compram pouco de cada vez”, esclarece em declarações ao Diário Económico.

“Neste momento, o consumidor está completamente viciado em promoções” e é capaz de circular por várias lojas/marcas para adquirir o produto que pretende com o preço mais vantajoso.

De acordo com o estudo da Kantar Worldpanel, que vai ser apresentado hoje no Primeiro Encontro da Distribuição em Portugal, actualmente 85% dos portugueses está atento às promoções, quando há cinco anos, essa percentagem correspondia a 65%.

Outra das conclusões deste estudo indica que apesar de continuarem a ir o mesmo número de vezes às compras, os consumidores nacionais estão a comprar menos 4,9% de cada vez, porque, acrescenta a Kantar Worldpanel, o seu perfil está a mudar.

Os portugueses estão a tornar-se mais profissionais, optam por compram o essencial e básico, nomeadamente produtos alimentares, ao melhor preço.

Já em relação às compras online, ou seja, através da Internet, Paulo Caldeira refere que a adesão “ainda é marginal”."

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